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Crítica: Os X-Men lutam até o fim em ‘Dark Phoenix’

A boa notícia é que “Dark Phoenix” não é um apocalipse nem é “X-Men: Apocalypse”, mas esta última parcela não é exatamente um passo em frente ou um final satisfatório para ninguém.
É suposto ser o culminar de 20 anos de filmes X-Men, e ainda assim parece mais um desdobramento apressado e inconseqüente do que algo que estamos construindo há duas décadas. Talvez seja porque mal conhecemos essa versão de Jean Grey (Sophie Turner), cuja transformação na toda poderosa Fênix é o que divide os X-Men em uma pequena guerra civil.

Um breve flashback de 1975 mostra o trauma definidor de uma jovem Jean, quando a telecinesia que ela ainda não consegue controlar resulta em um terrível acidente de carro e ela se torna órfã. Ela é acolhida por Charles Xavier (James McAvoy), que lhe oferece ajuda e orientação e diz que ela pode decidir usar seus poderes para o bem, o que não é exatamente o que ela pensa quando, 17 anos depois, ela absorve um cósmico mortal campo de energia.
A ação principal se passa em 1992, uma década após os eventos em “Apocalypse” e 30 anos após os eventos em “X-Men: First Class”, e você pode se perguntar quantos anos têm todos esses mutantes e o que é seu regime de cuidados com a pele. Se há uma razão para que isso tenha que ser ambientado em 1992, o filme certamente não dá nenhuma explicação, nem tenta realmente capturar o visual do início dos anos 90 em figurinos ou design de produção. Mas é 1992, o cartão de título diz isso, e Charles está navegando alto em uma maré de boa vontade pública. Os X-Men estão finalmente sendo vistos como heróis e ele se tornou o rosto público da operação, com uma linha direta com o presidente dos Estados Unidos e tudo.

No entanto, ele está ficando um pouco arrogante com seu povo, enviando-os em uma missão de resgate impossível para o espaço que irá transformar Jean na Fênix Negra. Mesmo seus aliados de longa data como Raven / Mystique (Jennifer Lawrence) e Hank / Beast (Nicholas Hoult) estão começando a questionar seus motivos. Este, francamente, é o segmento mais interessante, mas o filme, escrito e dirigido por Simon Kinberg, usa Jean / Phoenix – que, novamente, não conhecemos muito bem – como a personificação de todas as suas ambições e falhas.

Essencialmente, Jean descobre que Charles está escondendo dela algumas informações sobre sua infância e ela fica com raiva (perigosamente) e começa a acumular uma contagem de corpos. Mesmo Magneto (Michael Fassbender), que está vivendo no que parece ser um acampamento distópico de sonambulismo, não quer fazer parte disso e ela se torna uma pária. Então, quando um alienígena intenso com planos nefastos e sapatos de salto alto, Vuk (Jessica Chastain) diz a ela que ela foi mal interpretada e que para segui-la, Jean é toda ouvidos.

É uma trama muito complicada, sem muito coração por trás disso, e enquanto Turner é excelente em parecer uma mulher em apuros, ela precisa de um personagem para apoiar todo aquele conflito e nos fazer cuidar. Mesmo uma morte bastante chocante mal é registrada emocionalmente. Provavelmente também não ajuda que isso esteja vindo na sequência de “Avengers: Endgame”.

Tal como acontece com os outros filmes X-Men com este elenco mais jovem, as melhores partes são geralmente quando Magneto e Charles estão na mesma cena, o que podemos ver um pouco aqui em uma sequência de ação muito divertida em um trem que me apresentou ao conceito de “luta de dreads”.
Mas apesar de tudo, “Dark Phoenix” é um cheiro. A coisa mais cheia de suspense que aconteceu não teve nada a ver com o filme, mas o alarme de incêndio do teatro que disparou durante uma exibição de crítica durante o clímax épico.

“Dark Phoenix”, um lançamento da 20th Century Fox, foi classificado como PG-13 pela Motion Picture Association of America por “sequências intensas de violência e ação de ficção científica, incluindo alguns tiroteios, imagens perturbadoras e breve linguagem forte”. Tempo de execução: 113 minutos. Duas estrelas de quatro.

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